
A recém-nascida Aurora Maria Oliveira Mesquita, que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do Sul, foi transferida nesta quarta-feira (25) para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG). A unidade é reconhecida como uma das maiores referências do país no tratamento de queimaduras.
A bebê precisou de atendimento especializado após complicações que surgiram durante um banho no hospital acreano. Já nesta quinta-feira (26), Aurora passou por novos exames. A mãe está acompanhando a criança em Belo Horizonte, mas o pai, Marcos Mesquita, relatou dificuldades ao chegar na unidade de saúde.
“Cheguei de manhã e estou do lado de fora desde então. Ninguém me deixou entrar, ninguém veio falar comigo. A mãe dela está lá dentro, mas também está passando mal, está com tontura. O médico disse a ela que pode ser epidermólise bolhosa, mas estão esquecendo que foi uma queimadura”, desabafou Marcos em vídeo.
Ele também se mostrou preocupado com o ambiente onde a filha foi colocada. Segundo ele, havia sido informado que Aurora ficaria em um quarto isolado, mas ao chegar encontrou a criança em uma sala com outros pacientes. “A menina está lá no mesmo canto desde que chegou, junto com várias outras pessoas, e até um menino com pneumonia do lado dela”, lamentou.
Por volta das 11h (horário de Minas Gerais), Marcos recebeu informações mais positivas. “Minha esposa acabou de informar que o médico está lá examinando ela e trocando o curativo. Vai dar certo, se Deus quiser”, disse, com esperança.
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) explicou que a bebê está recebendo cuidados em um setor especializado e que não se trata de uma enfermaria comum. A pasta também reconheceu o momento difícil que a família está enfrentando e anunciou o envio de uma psicóloga para prestar apoio aos pais, que estão abalados com toda a situação.
“Os pais estão confusos nesse momento com tudo o que estão passando, e entendemos o sentimento deles. Por isso, a Sesacre está enviando hoje um psicólogo para acompanhar a família e dar todo o amparo necessário. Agora é preciso deixar a equipe do hospital trabalhar e confiar na conduta médica, pois o hospital é referência nacional em casos como este”, destacou a Sesacre.