Educação deve alterar prazos em concurso de 3 mil vagas sobre exigência de videoaula

O edital do maior concurso da Educação, que oferece mais de 3 mil vagas para professores e pessoal de apoio, deve sofrer nova alteração em seus prazos. A informação é do deputado Gilberto Lira (UB), que usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 12, para anunciar o resultado de uma reunião realizada ontem com os secretários de educação, Aberson Carvalho, e de governo, Luiz Calixto.

“Ontem tive a oportunidade junto com os deputados Gene Diniz e Pablo Bregense para tratar uma pauta do deputado Edvaldo Magalhães e que debatemos na comissão de educação. Conseguimos um prazo maior para que as pessoas gravem seus vídeos. Falava dias atrás que temos dificuldades para gravar uma inserção de 30 segundo e conseguimos prorrogar o prazo, que ficasse para a segunda etapa”, disse o parlamentar.

Foto: Sérgio Vale

Lira destacou ainda que o secretário da Educação vai abrir conversas com a banca organizadora do Certame para que professores que já gravaram os seus vídeos possam gravar novamente caso queiram substituir as videoaulas de 15 minutos. Ele também ressaltou que a avaliação dessas aulas poderão ser feitas por professores do Acre que se credenciam.

Apesar do anúncio, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), usou também a tribuna para enfatizar que as mudanças “não resolvem o problema”.  “De antemão quero agradecer sua pronta iniciativa em trazer para o âmbito da educação que esse tema está sendo debatido e discutido em todos os lugares do Acre, um concurso que envolve 3 mil vagas e isso desperta o interesse no Acre de toda uma geração. A notícia que o Gilberto Traz ela melhora do ponto de vista do tempo, mas infelizmente não resolve o problema. Acredito que o deputado aguardava para que fosse cancelado esse item. Mesmo alterando os prazos, a apresentação da videoaula ficaria para o momento da apresentação dos títulos. O problema é que a videoaula vai funcionar como clausula de classificação. Pode tirar alguém da disputa. O maior questionamento quais são as garantias que o candidato terá, em critério isonômico, sobre quem vai avaliar”, questionou o parlamentar de oposição.

Foto: Sérgio Vale

Edvaldo ainda pediu que a Secretaria Estadual de Educação reveja o edital para oferecer condições justas a todos os candidatos. “A Secretaria precisa parar com esse ‘mimimi’ e encontrar uma solução que trate todos os candidatos de forma igual. O edital já foi alterado quatro vezes, agora será a quinta. Isso mostra que há algo de errado com o concurso,” criticou. Ele parabenizou os deputados que buscaram alternativas em outros estados para resolver a questão. “Ainda há tempo para tomar uma decisão mais adequada e justa para essa questão do concurso da educação,” concluiu o deputado.