O Mr. Olympia, principal campeonato de fisiculturismo do mundo, terminou na madrugada deste domingo (13). Na Classic Physique, uma das categorias mais aguardadas, Cbum venceu pela sexta vez, enquanto o Brasileiro Ramon Dino, vice no ano passado, terminou em 4º lugar.
A grande surpresa do dia foi o alemão Mike Sommerfeld, que estava cotado para conquistar um top 5, mas acabou ficando com o vice. Urs Kalecinski, também alemão, terminou em terceiro lugar, assim como no ano passado.
Resultados do último dia do Mr. Olympia
Mr. Olympia (Open Bodybuilding)
- Samson Dauda
- Hadi Choopan
- Derek Lunsford
- Martin Fitzwater
- Andrew Jacked
Classic Physique
- Chris Bumstead
- Mike Sommerfeld
- Urs Kalecinski
- Ramon Queiroz
- Breon Ansley
Men’s Physique
- Ryan Terry
- Ali Bilal
- Erin Banks
- Emanuel Hunter
- Edvan Palmeira
Cadeira de rodas
- Harold Kelley
- Kevin Secundino
- Karol Milewski
- Gabriele Andriulli
- Josue Fabiano Barretto Monteiro
Bikini
- Lauralie Chapados
- Ashley Kaltwasser
- Jasmine Gonzalez
- Aimee Leann Delgado
- Vania Auguste
Decepção de Ramon Dino
Ramon Dino, vice-campeão do Mr. Olympia do ano passado e considerado um dos principais rivais do multicampeão Cbum, Ramon Dino não teve um bom resultado logo nas prévias, em que ficou fora do top 3.
Durante as apresentações, o brasileiro transpirou bastante, e a tinta derreteu, o que prejudicou a performance de Ramon. O resultado já havia sido uma grande surpresa. Ainda que o desempenho nas finais tenha sido melhor, não foi o suficiente para o brasileiro recuperar posições.
Aposentadoria de Cbum
Após vencer o Mr. Olympia na categoria Classic Physique pela sexta vez consecutiva, Chris Bumstead anunciou que irá se aposentar. O canadense fez um longo discurso, reforçou o apoio da esposa e se emocionou.
“É com um sentimento muito triste e muito feliz que eu anuncio que esta é a minha última vez nos palcos. Passar os últimos oito anos aqui foi a jornada mais incrível da minha vida, eu não mudaria nada”, disse.
“Não é difícil aparecer na academia e treinar duro, difíceis são as coisas que você não faz. Eu sacrifiquei muitas coisas ao longo desses anos e muito disso tem sido a minha paz mental. Coloquei muita pressão e expectativa em mim mesmo e fui recompensado, estou grato, mas estou pronto para desistir disso”, completou.
Neste ano, Cbum viu o nascimento da primeira filha, a Bradley, e chegou a afirmar, em junho deste ano, que ela era uma motivação a mais para ele seguir na preparação e que queria que 2024 fosse o auge dele.
“Aprendi a coisa mais linda, que é: quando você recebe tudo o que sempre quis, às vezes, as coisas mais simples a sua frente, como a família, as pessoas que você ama e os pequenos momentos, significam muito mais”, afirmou Cbum ainda no discurso de aposentadoria após a vitória.
“Tive a oportunidade de fazer minha preparação este ano com a minha filha, o que é incrível. Minha esposa, nos últimos seis anos, ela esteve sempre comigo. Talvez eu ainda tivesse alguns títulos no currículo, mas não teria aproveitado todos eles como deveria se não pudesse compartilhar com ela esses momentos. Compartilhar com as pessoas que você ama é a coisa mais importante, e sou muito grato a ela”, disse.
Cbum já participou de oito edições do Mr. Olympia. Estreou em 2017, quando ficou logo na 2ª colocação, o que se repetiu em 2018. Em 2019, desbancou o norte-americano Breon Ansley, bicampeão na categoria, e conquistou o primeiro Olympia da carreira. Desde então, levou todos os títulos das últimas seis edições na Classic Physique.
Brasileiro no top 5
O brasileiro Edvam Palma ficou em 5º lugar na categoria Men’s Physique. Esta foi a terceira participação do brasileiro no Mr. Olympia. Em 2022, ele também havia conquistado o top 5.
No ano passado, ele teve uma queda de desempenho e terminou na 11ª posição, mas demonstrou uma boa evolução para o torneio de 2024 e conseguiu subir algumas posições. Foi o melhor desempenho de um brasileiro na Men’s Physique neste ano. O título ficou com o britânico Ryan Terry, que também venceu no ano passado.
Na categoria Cadeira de Rodas, Josue Fabiano também ficou na quinta posição. Também chamado de “Gorila Albino”, o carioca de 24 anos de idade ficou em 3º lugar no Mr. Olympia do ano passado e também em 3º no Arnold Classic Ohio deste ano.
Zebra na Open e esposa como treinadora
Na categoria Mr. Olympia (Open Bodybuilding), a mais tradicional do torneio, houve uma surpresa. O nigeriano Samson Dauda fez história, desbancou os favoritos Derek Lunsford (campeão em 2023) e Hadi Choopan (campeão em 2022) e conquistou o título pela primeira vez na história.
Uma curiosidade é que o atleta é treinado pela própria esposa, a britânica Marlenka, que levantou o troféu no palco ao lado do marido. O resultado surpreendeu, pois, apesar de Dauda estar entre os principais nomes do torneio, não era o mais cotado para o título.
Esta categoria é a que tem maior premiação do torneio. O primeiro colocado recebe 400 mil dólares (R$ 2 milhões), o segundo ganha 150 mil dólares (R$ 816 mil), enquanto o valor da terceira colocação é de 100 mil (R$ 544 mil).
O brasileiro Rafael Brandão, principal nome da categoria Open no Brasil, terminou no top 10, mesmo resultado da participação em 2022.
Atleta com câncer não voltou aos palcos
Na última semana, Fabiony Sylvain, da República Dominicana, revelou que ia competir o Mr. Olympia mesmo com um câncer no cólon. O atleta participou da categoria Classic Physique.
O atleta se apresentou nas prévias, porém não voltou para as finais por ter passado mal. Nas redes sociais, ele explicou a situação.
“Muitos me perguntaram por que o segurança me tirou do palco. Espero que todos os atletas aproveitem o evento. Minha saudação não foi boa, decidi sair do palco, não me sinto muito bem, minha respiração, meu cólon, tudo está como uma bomba”, escreveu
“Deus me guia, Deus sabe como ele faz as coisas. Hora de descansar e tratar minha condição de saúde. Vou tratar minha condição após minha operação e tratamento, voltarei, desculpe República Dominicana”, completou.
