
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) manifestou publicamente nesta quinta-feira (17) disposição em negociar com o presidente americano Donald Trump sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos e que entrarão em vigor em 1º de agosto.
Em uma coletiva de imprensa, Bolsonaro afirmou que, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lhe conceder o documento, ele poderia atuar para discutir a taxação de produtos brasileiros.
A retenção do passaporte de Bolsonaro pela Polícia Federal, ocorrida em fevereiro de 2024, tem sido mantida pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), apesar das solicitações do ex-presidente.
Bolsonaro argumentou que os Estados Unidos, sob a atual gestão, carecem de um interlocutor eficaz no Brasil, o que, em sua visão, prejudica as relações comerciais bilaterais.
O ex-presidente também destacou a influência de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ele, possui “portas abertas na Casa Branca, no Capitólio”.
Para o ex-presidente, as tarifas atuais possuem uma dimensão política, visando “restabelecer a democracia no Brasil”, e lamentou a aparente falta de negociação por parte do governo brasileiro. ” Eu acho que teria sucesso em conseguir uma audiência com o Trump”, disse.
Durante a mesma coletiva, o ex-presidente abordou estratégias e movimentos do PL. Ele confirmou a pré-candidatura de Michelle Bolsonaro (PL-DF) ao Senado pelo Distrito Federal, ressaltando o “interesse enorme” do Partido Liberal em fortalecer a representação no Senado para buscar o “equilíbrio dos poderes”.
Também comentou sobre a possibilidade de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disputar uma vaga por Santa Catarina, em virtude de pesquisas que, segundo o ex-presidente, colocam o filho, com boas chances de vencer. Além deles, nomes como Bruno Scheidt (Rondônia), Gilson Machado (Pernambuco) e Capitão Alberto (Amazonas) estão entre os considerados pelo PL para disputas no Senado.
Por Hora Brasília