Coluna do Alex William – “Educação em Jogo: o cabo de guerra silencioso

Olá meus fiéis leitores, se vocês não estão em uma caverna, devem ter ficado sabendo do clima tenso da última sessão da Câmara de Vereadores de Mâncio Lima, nesta quinta-feira, 10. Ao que parece, um certame vem causando um duelo entre um vereador e um secretário — e não se trata apenas de um processo seletivo. O que está em jogo pode ser bem maior: influência, espaço e, quem sabe, até uma possível “troca de comando”.

ELEIÇÃO NÃO É SÓ DE 4 EM 4 ANOS:

De um lado, o vereador Jean Almeida (Podemos), o mais votado da última eleição, apadrinhado pelo deputado estadual e “magnata” dos terceirizados, Fagner Calegário, ele tem apresentado denuncias ao atual processo seletivo da Educação. Com discurso técnico, embasado em argumentos constitucionais, Jean pediu a anulação do certame e marcou audiência com o Ministério Público. Mas, para além da legalidade, há quem enxergue outro movimento em curso: o enfraquecimento político do atual secretário da pasta.

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Do outro lado da corda, Júnior Pinho, presidente do (Republicanos) em Mâncio Lima, sem experiência eleitoral, mas amparado por nomes de peso como o deputado federal Roberto Duarte e o estadual Clodoaldo e salvo politicamente pela eleição de dois correligionários, Amozildo e Joel. Pinho tem defendido com firmeza a legalidade do processo seletivo e diz que tudo foi feito sob parecer jurídico da prefeitura. Com tom “conciliador”, abriu as portas da secretaria para o diálogo, mas não deixou de rebater os questionamentos de Jean na tribuna da Câmara.

POPULARIDADE EM BAIXA:

A questão é: até onde vai esse embate? Estaria Jean apenas preocupado com os professores prejudicados ou vislumbrando algo mais à frente, como uma possível mudança de cadeira na Secretaria de Educação? Afinal, seu partido, liderado no Acre pelo secretário de esporte, Ney Amorim, que surpreendente é uma figura de influência interna, apesar de derrotas em 2018 e 2022 para o senado, mesmo com a máquina pública trabalhando para ele em ambas as campanhas, parece buscar novos espaços estratégicos e recuperar sua força eleitoral.

QUEM NÃO TEM AS MANHAS NÃO ENTRA NÃO, SEM A INSTRUÇÃO DE UM PROFISSIONAL:

Resumindo, é um jogo de interesses e silêncios. E como toda boa história política, talvez o que se vê na superfície seja apenas a ponta do iceberg. O duelo entre Jean e Júnior vai além dos microfones da casa do povo. No fim, nenhum é vilão, nenhum é mocinho, são, como tantos na política, jogadores atentos em um tabuleiro maior.

BATATA ASSANDO:

E o que quer Jean, afinal? Justiça pelo processo seletivo ou um novo espaço de poder? E quanto a Júnior? Se estiver tranquilo em relação a legalidade do processo, com certeza não está com a marcação ferrenha que irá lhe acompanhar de agora em diante.

DE OLHO:

O suplente do Podemos, Kennedy, com certeza deve está bem atento ao desenrolar desta situação.

ORELHA EM PÉ:

Uma coisa é certa: A corda sempre arrebenta do lado mais fraco.

FRASE DO DIA:

Pessoas caladas não necessariamente são pessoas sem atitude, e nem as tagarelas são dotadas desse artificio só por falarem demasiadamente! Odeio meias verdades e ‘disse me disses’… Atitude é agir positivamente! Seja para conseguir o que desejamos ou defender o que acreditamos ser certo.

                                        Enimy Stéphanie.