O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) reagiu nas redes sociais nesta sexta-feira, 6, com veemência ao posicionamento do Instituto Nosso Rumo, responsável pelo concurso da Secretaria Estadual de Educação do Acre, realizado no último domingo, 1º de dezembro, e posteriormente cancelado pelo governo devido a problemas na aplicação das provas.
Em nota, a banca atribuiu as falhas ao comportamento dos candidatos e pediu a retificação do cancelamento total das provas, sugerindo que apenas os exames da escola Djalma Teles, realizados no período da tarde, fossem reaplicados.
Magalhães criticou a postura do instituto em suas redes sociais, classificando a conduta como “incompetência” e cobrando uma resposta firme do governo Gladson Cameli (Progressistas). “A incompetência querendo ser premiada. Chega! O governo precisa romper com a banca e acionar na justiça por danos materiais e morais causados aos candidatos e ao erário. Contratar um outro instituto de renome. Imediatamente!”, afirmou o parlamentar.
No ofício enviado ao secretário de Educação, Aberson Carvalho, o Instituto Nosso Rumo alegou que os problemas registrados no concurso foram causados pela recusa de candidatos em se alocar em outras salas na escola Djalma Teles, o que teria gerado tumulto e influenciado outros participantes a deixarem o local antes do término do tempo mínimo permitido. A banca também argumentou que apenas 1,18% dos inscritos foram afetados pela intercorrência, defendendo que o cancelamento total das provas prejudicaria o restante dos mais de 52 mil participantes.
Definido pelo governo do Acre como o maior concurso público para a Educação no estado, o concurso do último domingo teve 46 mil candidatos inscritos para preencher 3 mil vagas em cargos de níveis médio e superior, em todas as regiões do estado.
Os portões abriram às 7h30 (horário do Acre) e fecharam às 8h. O tempo mínimo para poder sair do local de prova com o caderno de provas foi de duas horas. No total foram quatro horas de exame.
O certame tem vagas para os cargos de apoio administrativo educacional, destinado a candidatos com nível médio, e para professores em áreas como matemática, biologia, educação física e, pela primeira vez na história, vagas específicas para a educação especial.
Para os cargos de nível médio, a remuneração inicial é de mais de R$ 1,9 mil, mais R$ 420 de auxílio alimentação. Já para os professores, o salário inicial chega a mais de R$ 3,8 mil, somando o mesmo benefício.
