O prefeito Isaac Lima está terminando o seu segundo mandato com uma aprovação acima do esperado por parte da população manciolimense. Com uma longa história na política, Isaac foge dos padrões de uma figura pública, possuindo uma personalidade mais firme que pode ser confundida por alguns como rígida. Por esses aspectos, muitos se questionam o que torna o prefeito tão próspero na política manciolimense.
O gestor sabe o que é estar no poder desde 2004, quando venceu a disputa para o executivo ao lado de Luiz Helosman; na ocasião, era vice do paraibano. Em 2008, sabiamente, Isaac decidiu não disputar as eleições para o executivo pelo grupo de Helosman, que teve Coutinho como candidato, sendo derrotado por Cleidson Rocha por uma grande diferença de votos.
Em 2012, Isaac decidiu concorrer ao lado de Louro do Sindicato contra Cleidson e Helosman. Na época, muitos julgavam que, na disputa, Lima seria apenas um coadjuvante no embate entre MDB e PP, que historicamente dividem os votos do eleitorado em Mâncio Lima. Porém, nas urnas, o resultado foi diferente: por uma diferença de apenas 40 votos, Isaac foi derrotado por Cleidson. Sabiamente, Lima e seu grupo fizeram um grande ato político para agradecer os votos que receberam, saindo assim “gigante” e projetado daquela eleição tão acirrada.
Em 2016, Isaac convidou Ângela e Helosman para comporem seu time; ambos haviam sido derrotados em 2012 e possuíam grupos fortíssimos. Aliado à rejeição altíssima do MDB, a vitória veio com facilidades. Esse pleito foi bem similar ao de 2008, onde os candidatos derrotados em 2004 se uniram e venceram a eleição posterior. Na ocasião, Cleidson e Eriton tiveram uma votação de quase dois mil votos cada, ficando bem próximos de Helosman.
Em 2020, Isaac foi para a disputa contra Silene e Chicão. O prefeito não possuía uma boa aprovação na época por não ter feito um mandato tão produtivo. Talvez a derrota do seu partido na eleição para o governo estadual em 2018 tenha cooperado para tal situação, já que era um partido de oposição ao governo de Gladson Cameli. Surpreendendo a todos, no fervor da campanha, o governador Gladson decidiu apoiar Isaac e não Silene, que era do seu partido. Todavia, problemas com a Justiça Eleitoral foram o algoz dessa ruptura, já que Cameli tinha que decidir apoiar Isaac ou Chicão. Com o apoio do maior político do Acre, estrutura da prefeitura e do governo, Lima venceu o candidato do MDB com uma margem de mil votos.
O segundo mandato de Isaac Lima foi bem diferente do primeiro. Dessa vez, com o governo ao seu lado, Isaac transformou Mâncio Lima em um canteiro de obras: hospital, postos de saúde, escolas, reforma da Alameda das Águas e demais melhorias. Além disso, em sua gestão, Isaac realizou diversos concursos públicos e valorização salarial dos efetivos. A Educação foi o setor mais privilegiado, na gestão anterior, Mâncio Lima possuía apenas dois ônibus para transportar alunos; Isaac terminará seu mandato com 15, além da construção de 18 escolas com recursos próprio.
Sem nunca ter deixado atrasar salários e com a criação e promoção de eventos culturais, tais como o Festival do Coco, rodeios, cavalgadas, além de shows nacionais de nomes badalados como Vitor Fernandes e Marcinho Sensação, Isaac alcançou índices de aprovação jamais vistos para um prefeito de Mâncio Lima em segundo mandato, o que o torna habilitado para fazer um sucessor, se tornando o primeiro gestor a realizar tal feito.
Com as recentes pesquisas apontando vantagem para o seu candidato Zé Luiz, o desejo de Isaac tem grandes chances de se concretizar. Caso seu grupo saia vitorioso, Isaac Lima reforçará seu título de “político mais vencedor” da história de Mâncio Lima.