Na manhã deste sábado, 26, a Polícia Civil de Plácido de Castro deu cumprimento a um mandado de prisão em desfavor de D.R.O, que não teve a idade revelada. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Danilo Almeida, a faccionada é acusada de ter participação sumária na execução da dona de casa, Antônia Francisca Miranda de Lima, de 29 anos, ocorrido no dia 26 de maio passado. A vítima teve o corpo encontrado no aterro sanitário municipal de Plácido de Castro com mais de 50 perfurações de facas espalhadas pelo corpo, teve a garganta cortada e um olho perfurado.
O delegado informou ainda que no dia em que a dona de casa foi levada ao lixão para ser brutalmente executada pelo tribunal do crime, os acusados que haviam contratado os serviços de um motorista de aplicativo, falavam abertamente acerca do que iriam fazer com a vítima no interior do veículo, e que inclusive, Sula estava eufórica, inquieta e chorava desesperadamente o tempo todo. D.R.O que também se encontrava no veículo, no trajeto praticava diversos atos de sadismo contra Antônia Francisca, dizendo que “X9 tinha mesmo era que morrer de forma brutal”, com o intuito de humilhar e causar ainda mais pânico na dona de casa.
Na manhã da última sexta-feira, 25, outras 4 pessoas foram presas apontadas como co-autores do homicídio protervo que chocou toda a população placidiana, principalmente pela aspereza com que foi praticado. Os investigados já se encontram a disposição da justiça. Um menor de idade que também participou da execução, responderá por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado.
Ao todo, 6 pessoas são apontadas pela Polícia como autores ativos no crime. 1 menor e 5 maiores de idade. Na terça-feira, dia 22, policiais da FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), composta por agentes da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil, prenderam o mandante do crime em um bairro de Rio Branco. O preso é apontado como líder da organização criminosa Comando Vermelho em Plácido de Castro, local onde o crime aconteceu. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela vara da Comarca do município.
No dia em que o crime aconteceu, a polícia de imediato iniciou as investigações e logrou êxito em prender dois suspeitos que confessaram participação na execução, um homem de 19 anos e um adolescente de 16 anos. Durante interrogatório, os faccionados informaram ao delegado Dione Lucas, que a dona de casa teve a sentença de morte decretada por motivos de vingança, já que havia denunciado as ações do grupo criminoso à polícia de Plácido de Castro.
Antes de ser assassinada, a vítima passou pelo ‘Tribunal do Crime’, onde em um vídeo gravado, confessa aos suspeitos que realmente havia feito a denúncia, em razão disso, foi determinada a sua morte.O crime foi cometido com extrema violência, já que a a vítima foi colocada de joelhos, espancada a murros e esfaqueada por cerca de cinco minutos, antes de ter a garganta cortada e um olho perfurado.
Prisão do Uber
Ainda na sexta-feira, 25, a Polícia Civil deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva em desfavor de J.L.A, que foi contratado pelo grupo criminoso por meio de aplicativo de celular, para fazer a corrida até o aterro sanitário municipal localizado em uma estrada de terra no quilômetro 8, da Rodovia Ac-475 que liga Plácido a Acrelândia.
O delegado Danilo Almeida disse que o motorista foi preso sob a acusação de omissão de socorro, já que presenciou toda a cena e não acionou a polícia para que talvez, o assassinato da dona de casa, pudesse ter sido evitado.
A autoridade policial informou ainda que no dia do crime, após regressar com o grupo criminoso a Plácido de Castro, lavou o carro e o guardou em uma casa de um conhecido. Posteriormente, teria divulgado em redes sociais o veículo para venda e se desligou da profissão de motorista de aplicativo. Em depoimento, ele disse que ficou com medo de retaliação e que foi ameaçado de morte pelos faccionados caso denunciasse a ação criminosa a polícia.
No entanto, Danilo Almeida diz que a versão do motorista apresenta diversas contradições. “A participação dele foi imprescindível para a empreitada criminosa. Foi ele quem transportou os autores e deu a segurança necessária para que o delito ocorresse e ainda aguardou a execução em frente ao aterro sanitário. Posteriormente, conduziu os criminosos de volta à Plácido de Castro e os deixou em casa e agiu normalmente, como se nada de grave tivesse acontecido”, conclui.
Segundo a polícia uma pessoa ainda se encontra foragida e diligências estão sendo feitas diuturnamente para executar a prisão. O crime está cabalmente elucidado.
Por Franchesco Lourenço Alves / ASCOM/PC/PLÁCIDO