É uma verdade que um serviço do governo do Estado do Acre que anda em alta em Mâncio Lima é a segurança pública, que envolve as polícias Civil e Militar.
Se alguém olhar pelo retrovisor irá lembrar como era a cidade de Mâncio Lima há três ou quatro anos atrás. Corpos estendidos no chão, roubos frequentes em plena luz do dia e a população inteira amedrontada em suas casas com medo de tanta violência. Teve uma época que Mâncio Lima se assemelhava ao “cangaço nordestino”.
Com a chegada do delegado José Obetânio, paulatinamente, a violência foi diminuindo, as facções criminosas foram perdendo força, centenas de criminosos colocados na prisão, e como resultado, a população voltou a ter o sentimento de paz de uma pacata cidade do interior, podendo ir e vir a qualquer hora do dia e da noite.
O cenário poderá mudar caso a delegacia de Mâncio Lima perca seu delegado titular.
A delegacia de Mâncio Lima foi desativada após o Ministério Público pedir a interdição do prédio que estava colocando em risco a vida dos profissionais de segurança e das pessoas atendidas.
Desde a interdição do antigo prédio da delegacia de Polícia Civil, o delegado e oito agentes de Polícia trabalham em uma pequena sala no quartel da Polícia Militar.
A polícia Judiciária, por ser uma polícia investigativa exige o mínimo de estrutura para desempenhar suas funções, o que se torna tarefa impossível em uma sala 4×4.
Há situações em que a vítima precisa de um mínimo de privacidade ao narrar seu termo de declaração, como é o caso de estupro e violência doméstica, o que é prejudicado pela falta de espaço e ambiente apropriado.
Procurado pelo site Mâncio Lima em Foco, o delegado José Obetânio não confirmou se sairá nos próximos dias de Mâncio Lima. Obetânio disse que tem um enorme carinho pela população de Mâncio Lima, e apesar das situações adversas sempre desempenhou com dedicação e eficiência seu mister, na qualidade de autoridade policial.
“Aqui ainda falta um prédio que possa oferecer o mínimo de estrutura aos nossos policiais e às pessoas. Também falta escrivão de Polícia. Quando as pessoas chegam à delegacia é porque estão passando por algum problema pessoal, e o mínimo que o Estado deve fazer é oferecer um ambiente acolhedor ao cidadão”, disse o delegado.