
A rede municipal de ensino de Cruzeiro do Sul vive um impasse após a categoria dos professores deliberar, nesta terça-feira (29), greve por tempo indeterminado. O movimento, liderado pelo sindicato, cobra principalmente reajuste salarial para os profissionais contratados temporariamente, além de outras pautas que já vinham sendo discutidas com a gestão municipal.
A secretária de Educação, Rosa Lebre, afirmou que, há cerca de 15 dias, a categoria apresentou quatro propostas à secretaria e que todas foram contempladas dentro de prazos estabelecidos até janeiro de 2026, incluindo o reajuste para os professores provisórios. Segundo ela, a gestão aguarda que o sindicato oficialize a nova proposta mencionada durante a assembleia para dar continuidade ao diálogo.
— “Eles saíram da reunião anteriores com datas previstas. Estamos aguardando a oficialização do sindicato para sentarmos novamente e buscarmos uma solução. O reajuste para os contratos temporários já está previsto para a folha de janeiro”, destacou a secretária.
O secretário adjunto de Educação, Edvaldo Gomes, também demonstrou preocupação com a paralisação, especialmente em fase de encerramento do ano letivo. Ele reforçou que, das pautas apresentadas pelo sindicato, apenas o reajuste imediato dos contratos temporários não pôde ser atendido neste momento.
— “Todas as propostas foram levadas à mesa de negociação e atendidas dentro das possibilidades da gestão. A questão do reajuste dos temporários foi projetada para janeiro, e por isso o sindicato decidiu pela greve. Isso nos preocupa, pois afeta alunos, professores e toda a comunidade escolar”, disse.
Outro ponto levantado foi o atraso no repasse do PIS/Pasep a alguns servidores, devido à atualização do sistema de cadastro da Prefeitura junto ao governo federal. Segundo Gomes, a situação está sendo regularizada e afeta apenas servidores com direito ao benefício.
Apesar da greve, a Secretaria de Educação afirma estar aberta ao diálogo e aguarda a formalização do movimento por parte do sindicato para definir novas medidas.
Redação Juruá24horas