Homem sofre infarto fulminante em hospital ao visitar enteado de 16 anos, que morreu no dia seguinte

Em Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná, uma família viveu duas perdas em menos de 48 horas. Vitor da Silva, de 16 anos, morreu na segunda-feira após complicações respiratórias que, segundo o atestado de óbito, têm relação com o uso de cigarro eletrônico. Um dia antes, o padrasto dele, João Gonçalves, de 55 anos, sofreu um infarto fulminante enquanto tentava visitá-lo na UTI.

A mãe do adolescente e viúva de João, Angélica da Silva, relatou que o filho começou a passar mal no sábado. Ele teve vômitos e fortes dores de garganta e foi levado ao Hospital Nossa Senhora da Saúde. Exames iniciais indicaram falência renal e uma infecção pulmonar em evolução, o que levou à transferência para uma unidade de terapia intensiva no Hospital Norte Pioneiro.

Foi durante esse atendimento, contou ela, que o jovem admitiu ter usado cigarros eletrônicos pelos últimos dois meses.

— Eu fiquei sem chão quando ouvi. Ele estava muito mal e precisaria ser entubado. Liguei para o João pedindo ajuda — disse Angélica ao G1.

No domingo, o padrasto chegou ao hospital para visitar o enteado, mas passou mal assim que entrou na recepção da UTI. Ele não chegou a ver o adolescente.

O corpo do pastor foi sepultado na segunda-feira. No retorno ao hospital, ainda no mesmo dia, Angélica recebeu a notícia de que o quadro do filho havia piorado. Vitor sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

— Os médicos correram e eu só percebi depois que o João tinha tido um infarto. Foi tudo muito rápido — lembrou.

Segundo a família, o atestado de óbito do adolescente aponta sepse de foco pulmonar e insuficiência respiratória aguda associada ao tabagismo com uso de vape.

Angélica e João estavam juntos havia oito anos. Ela conta que o marido e o adolescente tinham relação próxima; o pastor havia batizado o jovem e o ajudado a conseguir o primeiro emprego.