
O Acre contabilizou, em 2025, pelo menos 176 nascimentos de meninas com menos de 15 anos, sendo 113 delas com apenas 14 anos, segundo levantamento do Ministério da Saúde (MS) e do IBGE. Os números evidenciam que a gravidez na adolescência segue como um desafio de saúde pública no estado.
A maior parte dos partos ocorreu em hospitais ou maternidades, totalizando 103 registros, enquanto 10 crianças nasceram em residências. Entre os procedimentos, 29 foram cesarianas e 13 partos normais, acompanhados por 40 médicos e 13 enfermeiras. O grupo gerou 60 meninas e 53 meninos.
Os meses de maior incidência foram maio, com 26 nascimentos, seguido por abril (17) e janeiro (16). Março, julho e junho registraram entre 11 e 13 partos cada, e agosto teve 6 casos.
Comparando com 2024, houve queda nos registros, mas os números ainda permanecem altos: naquele ano, 80 meninas de até 14 anos deram à luz, incluindo 26 cesarianas, com 44 procedimentos realizados por médicos e 36 por enfermeiras ou parteiras.
Distribuição por municípios
Rio Branco lidera com 35 casos, seguida por Tarauacá (22) e Feijó (17). Cruzeiro do Sul e Sena Madureira registraram 14 partos cada, e Jordão, 12.
Outros municípios com registros menores incluem Assis Brasil e Mâncio Lima (7 cada), Epitaciolândia (6) e Rodrigues Alves (5). Senador Guiomard, Capixaba e Brasileia tiveram 4 cada; Plácido de Castro, Acrelândia, Porto Walter e Porto Acre registraram 2; e Bujari e Xapuri tiveram 1 caso cada.
A região Norte segue como a que apresenta a maior taxa de fecundidade do país, com média de 1,89 filho por mulher, além de ser onde a maternidade acontece em idade mais precoce, 27 anos em média. No Acre, a taxa caiu de 4,4 filhos por mulher em 2010 para 3,2 em 2022, mas continua entre as mais altas do Brasil, empatando com o Amapá.
No contexto da Amazônia Legal, 18,7% dos nascidos vivos em 2023 eram filhos de mães adolescentes, acima da média nacional. Assis Brasil, por exemplo, lidera entre os municípios brasileiros com maior índice de maternidade infantil: 28,33 nascimentos por mil meninas entre 10 e 14 anos, valor 17 vezes superior à média do país.






