Caminhoneiros enfrentam dificuldades e prejuízos com as condições da BR-364 entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco

A situação da BR-364 voltou a preocupar motoristas que dependem da rodovia para transporte de cargas entre o Vale do Juruá e Rio Branco. O caminhoneiro Sandro Ferreira, de 37 anos, que trabalha há 12 anos no trecho, relatou as dificuldades enfrentadas diariamente no percurso entre Feijó e Manoel Urbano, um dos pontos considerados mais críticos.

Atuando no transporte entre Cruzeiro do Sul e a capital, Sandro descreve um cenário de obstáculos constantes, prejuízos materiais e longas horas de trajeto. “A situação é essa aqui: toda hora dançando, literalmente no balanço. Aqui é dois dias carregado. Dois dias, senão desmonta o caminhão todinho”, afirmou.

Segundo o caminhoneiro, os gastos com óleo diesel, manutenção e reposição de peças têm aumentado devido às condições do trecho. “O cara  compra o óleo absurdo. A manutenção nem se fala. Quebra para-brisa, farol, mola, pneu… tudo por causa das pedras e buracos.”

Ele relata ainda que, em muitos pontos, a estrada apresenta grandes crateras, obrigando os motoristas a reduzirem significativamente a velocidade. “Quando chega no buraco, parece uma lombada. É uma vergonha. Aqui são duas horas desse jeito, só sacudindo o caminhão e a carga.”

Sandro defende a necessidade de intervenções emergenciais no local. “O Dnit deveria dar uma força, colocar pedra, fazer alguma coisa. A situação está complicada.”

A BR-364 é a única ligação terrestre entre o Vale do Juruá e o restante do país, sendo fundamental para transporte de alimentos, combustíveis e produtos essenciais. Com a intensificação do período chuvoso, caminhoneiros e moradores temem que o trecho se torne ainda mais difícil nos próximos meses.

Jurua24horas