
O time do Grêmio, liderado pela técnica Flor, procurou a redação para relatar um suposto favorecimento à equipe do Internacional, presidida por Denilo Chagas. A denúncia surge às vésperas da final do Campeonato Manciolimense de Futsal.
Denilo Chagas ocupa um cargo de chefia de Nível 8 na Secretaria de Estado de Governo (SEGOV) no Acre. Ele é considerado braço direito de Ney Amorim (Podemos), Secretário de Esportes estadual, e ambos são presidentes de suas respectivas esferas partidárias, mantendo uma aliança política de longa data. Chagas, que já foi Secretário Especial da prefeitura de Mâncio Lima na gestão de Isaac Lima, é a figura responsável pelo esporte no município pelo Governo do Acre. Os atletas do Grêmio, que enfrentarão o time de Denilo na final, alegam que ele estaria utilizando sua influência política para favorecer o Internacional.
A final da competição está marcada para amanhã, às 19h50, em Mâncio Lima. No entanto, seis atletas do Grêmio estarão em Cruzeiro do Sul, onde disputarão a Supertaça no ginásio Jader Machado, com início às 20h00 contra a equipe de Jordão. A premiação da Supertaça é seis vezes superior à do campeonato de Mâncio Lima.
Com isso, o time do Grêmio contaria com apenas 3 atletas, sendo os 3 de Mâncio Lima, o que, segundo a equipe, inviabilizaria a disputa contra o Internacional. A técnica Flor e sua equipe solicitaram o adiantamento da partida para mais tarde, permitindo que os atletas, mesmo cansados, cheguem a tempo de Cruzeiro do Sul para jogar a final, ou o adiamento da data, medida que, segundo eles, já foi adotada duas vezes.
Resposta da Organização
A competição, que acontece no ginásio poliesportivo Totão com o apoio da prefeitura e de vereadores, é organizada pelo professor Emerson Melo, sem a gestão direta do executivo municipal.
Emerson Melo defende que o regulamento do campeonato permite que as equipes iniciem a partida com apenas 3 atletas. Ele rebate a solicitação da técnica Flor, alegando que ela deveria ter procurado a remarcação do jogo em Cruzeiro do Sul. O organizador também afirmou que a técnica deveria ter mais jogadores de Mâncio Lima, apesar de o próprio Internacional contar com atletas de diversos municípios.

O professor confirmou que a final já foi adiada em duas ocasiões anteriores por questões de patrocínio e apoio financeiro, mas alega que desta vez não há mais como realizar um novo adiamento, mesmo com o regulamento permitindo. Ele ainda afirmou que tomaria tal decisão apenas se o prefeito pedisse.
Procurado para comentar as alegações da equipe do Grêmio, Denilo Chagas negou qualquer uso de sua influência política ou cargo no governo do Acre para beneficiar o Internacional no campeonato. Ele afirmou que a participação de seu time segue estritamente as regras da competição.
Sobre a questão do adiamento, Chagas declarou que as decisões de calendário e regulamento são de responsabilidade exclusiva da organização do evento, o Professor Emerson Melo. Ele enfatizou que seu time se preparou para a final na data e horário marcados e que qualquer alteração deve ser tratada entre a equipe do Grêmio e a organização.








