
Um homem identificado como D. O. da Silva, conhecido pelo apelido de “Chico” e apontado como líder de uma facção criminosa que atua na fronteira entre o Brasil e o Peru, foi preso nesta sexta-feira, 24, durante uma megaoperação da Polícia Civil do Acre (PCAC) em Assis Brasil. A ação foi deflagrada em resposta à onda de homicídios registrada recentemente no município.
Coordenada pelas delegacias de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polícia Militar, a operação cumpriu dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Além de Chico”, outras cinco pessoas foram presas em flagrante
pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, corrupção de menores e participação em organização criminosa.
Segundo a investigação, “Chico” é suspeito de envolvimento direto em pelo menos três homicídios e em outras tentativas de assassinato ocorridas em Assis Brasil. No momento da prisão, ele foi flagrado com uma pistola 9mm, de uso restrito, e responderá também por corrupção de menores e participação em facção armada.
Durante as diligências, a polícia apreendeu um rifle, munições calibre .38, drogas — incluindo porções semelhantes a ecstasy —, balanças de precisão, celulares e materiais usados para embalar entorpecentes.
De acordo com o delegado Luccas Vianna, responsável por coordenar a operação, o resultado é fruto de um intenso trabalho de investigação e integração das forças de segurança.
“Nosso objetivo é restabelecer a ordem em Assis Brasil, prender os responsáveis pelos homicídios recentes e enfraquecer as facções que tentam se instalar na fronteira. Novas ações estão em andamento e devem resultar em mais prisões”, afirmou.
O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel, destacou o empenho das equipes e a importância da operação para a segurança na região.
“O trabalho das delegacias do Alto Acre demonstra o comprometimento da Polícia Civil com a população, especialmente nas áreas de fronteira, onde o enfrentamento ao crime precisa ser firme e coordenado”, declarou.






