
A aliança política da prefeitura de Rio Branco com o governo do estado, que foi fundamental para a última eleição do prefeito Tião Bocalom, e que colocou no mesmo palanque o governador Gladson, o prefeito Bocalom e a vice Mailza Assis, como se diz no popular, foi para o sal. Não se repetirá no pleito do próximo ano na disputa pelo comando do Palácio Rio Branco.
A unidade está quebrada. A clara posição de Bocalom de negar apoio à candidatura da vice-governadora Mailza Assis (PP) ao governo, e de estar em campanha aberta no interior, para mais na frente anunciar a sua candidatura à sucessão do governador Gladson Cameli, motivou o rompimento. Há queixas de ambos os lados.
O grupo de Mailza costuma lembrar de que, quando todo governo apoiou a deputada federal Socorro Neri (PP) para a prefeitura da capital, ela foi uma das poucas lideranças que ficou com a candidatura de Bocalom, na sua primeira eleição à PMRB. E o apoio se repetiu quando ele disputou a reeleição. Esperava uma contrapartida que não aconteceu.
Mailza resolveu não mais esperar, e se posicionou de forma firme em postagem enviada ontem à noite ao BLOG, da qual destacamos um ponto: “…Essa postura do Bocalom causa rompimento do governo com a prefeitura e fragiliza nosso campo ideológico”.
O teor completo da postagem foi esse: “Minha candidatura independe da decisão do Bocalom, assim como eu qualquer um pode colocar o nome a disposição da população, porém, essa postura do Bocalom causa rompimento do governo com a prefeitura e fragiliza nosso campo ideológico”.
Por outro lado, em entrevista ao Juruá Comunicações de Cruzeiro do Sul, o prefeito Tião Bocalom se mostrou magoado por Mailza ter dado numa entrevista na capital, nota 5 para a sua administração, e replicou: “Ela ficou chateada comigo e me deu essa nota (5), quando todo mundo me dá uma nota maior.
Quando ela dá uma nota 5, eu acho que se eu for apoiá-la, posso atrapalhá-la”, declaração que deixa cristalino que não estarão no mesmo palanque em 2026. O que se pode deduzir de tudo isso é que, a farinha do pirão da unidade do grupo no poder entre a Mailza e o Bocalom está apartada.
E será na Lei de Murici, cada um que cuide de si. O governo com a sua candidata de um lado e a prefeitura com o seu candidato do outro. E salve-se quem puder.
ERRO FUNDAMENTAL
Pelo pouco que conheço do perfil da vice-governadora Mailza Assis (PP), ninguém espere que ela retire a sua candidatura ao governo para a entrada de um outro candidato no seu lugar. A sua decisão está tomada. E avalizada pelo governador Gladson.
É AQUELA COISA
E o prefeito Bocalom, é aquela coisa: se entender que deve ser candidato, não terá ninguém que lhe tire a idéia da sua cabeça, isso é certo. Anote.
Blog do Crica