Petista aponta Mailza Assis como o nome mais forte na situação: “ela será candidata em qualquer cenário”

Durante entrevista concedida ao podcast do jornalista Willamis França, o vereador André Kamai (PT) fez uma ampla análise sobre o cenário político para as eleições de 2026 no Acre, abordando possíveis candidaturas, articulações de bastidores e projeções envolvendo nomes como Mailza Assis, Alan Rick, Tião Bocalom e Nicolau Júnior.

Logo no início, Kamai demonstrou surpresa com a divulgação de uma pesquisa que incluiu apenas uma sondagem para o governo do estado. “Me impressionei. A gente precisa debater o Acre com seriedade”, disse.

Ao comentar os nomes que despontam no cenário, o vereador destacou a governadora em exercício, Mailza Assis, como nome mais forte dentro da base aliada. “Acho muito difícil ela não ser candidata. Só vejo isso acontecendo se o Gladson continuar no governo e bancar o Nicolau. Fora isso, ela será candidata em qualquer cenário”, afirmou.

Segundo Kamai, o Partido Progressistas (PP) conta hoje com 14 prefeituras no interior e, com apoio desses gestores, Mailza larga com vantagem. “Ela estará com a caneta na mão. Se o Gladson for afastado, ela assume. Se ele for disputar o Senado, terá que renunciar, e ela também assume. Não vejo como ela não ser candidata”, explicou.

Kamai também comentou sobre a divisão dentro do grupo político ligado ao governador Gladson Cameli. “Quando falamos de Mailza, Alan e Bocalom, estamos falando de uma disputa interna, de poder, não de projeto. O Gladson nunca teve um projeto, e o grupo está dividido”, criticou.

Sobre a possibilidade de candidatura de Tião Bocalom, atual prefeito de Rio Branco, Kamai foi direto: “Se ele sair, será por conta própria. Vai apostar na própria força e talvez no apoio de Márcio Bittar. Mas sem unidade com o governo, terá muitas dificuldades. Só com a prefeitura de Rio Branco não se vence uma eleição estadual.”

O vereador também reagiu com cautela às movimentações de Alan Rick. Apesar da aliança entre União Brasil e PP, Kamai acredita que Alan deve buscar outro caminho para viabilizar sua candidatura.

Sobre seu próprio nome aparecer nas pesquisas, Kamai comentou com humildade e surpresa: “Nunca disse que queria ser candidato ao governo. Mas meu nome começou a ser cogitado por setores da imprensa, por companheiros de partido. E pontuar já na primeira pesquisa, mesmo sendo o menos conhecido, me deixou muito feliz.”

O parlamentar encerrou a entrevista reforçando a importância de o campo progressista lançar uma candidatura própria. “Não precisa ser a minha, mas precisamos estar nesse debate. O povo do Acre precisa de um projeto alternativo, de alguém que discuta a realidade com maturidade e compromisso.”