Deputados ‘se estranham’ na Aleac ao discutirem anistia e tentativa de golpe no dia 8 de janeiro

O tempo fechou na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (12) durante um embate entre os deputados Arlenilson Cunha (PL) e Edvaldo Magalhães (PCdoB). O primeiro subiu à tribuna para defender a anistia dos presos no dia 8 de janeiro de 2023, condenados por atentar contra a democracia e depredar prédios da República. Cunha disse que o ‘golpe’ nunca existiu.

“Um golpe que nunca existiu. Agora o que existe é uma narrativa golpista. Agora estamos tratando justamente da anistia. Estamos tratando justamente dessa instrumentalização do Poder Judiciário. Anistia, já, para que possamos de fato pacificar de fato esse país. As penas são desproporcionais, são os juristas que estão falando isso”, bradou Arlenilson Cunha.

Edvaldo respondeu: “esse país teve um movimento articulado, um golpe planejado de forma meticulosa onde até uma ‘Operação Punhal Verde Amarelo’ estava programada para eliminar o presidente da República eleito, o vice-presidente eleito e um membro da Suprema Corte. As velhinhas e damas do batom não se dirigiram ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal, e simplesmente tocaram o terror e demoliram os símbolos da democracia porque eram inocentes. Quando um liberal acha que pedir intervenção militar, fechamento da Corte, não é um crime de lesa pátria, é de se estranhar. Como disse Ulysses Guimarães: ‘traidor da Constituição é traidor da pátria. Quem defende a ditatura militar defende o fechamento do parlamento. Não é anistia para velhinha. Querem anistia para Bolsonaro. Cadeia para os golpistas!”, retrucou.