Adriano Souza de Andrade, de 26 anos, morreu, e Lenílson Pereira da Costa Gomes, de 27 anos, ficou ferido após um ataque de uma organização criminosa na noite na última sexta-feira (20). O primeiro ataque aconteceu na Rua Flor do Campo, e o segundo, na Rua Céu Azul, no Residencial Rosa Linda, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
Segundo informações de testemunhas, cerca de seis criminosos chegaram armados, com apoio de dois comparsas em uma motocicleta. De posse de armas de fogo, realizaram os ataques de forma simultânea em dois locais distintos.
A primeira casa a ser invadida foi a de Adriano, que foi morto com vários tiros no terreno da residência. A vítima estava sentada em uma cadeira e havia acabado de chegar do mercado onde trabalhava como repositor de mercadorias. Adriano estava feliz com a chegada do filho, que nasceu há quatro dias. A execução ocorreu na frente da esposa.
O segundo ataque aconteceu na Rua Céu Azul, onde o trabalhador Lenílson foi ferido com um tiro no peito, que transfixou e atingiu o braço esquerdo. A vítima estava limpando a calçada após chegar do trabalho quando foi surpreendida pelos criminosos, que exigiram e levaram sua carteira e celular. Após a ação, os criminosos atiraram na vítima e fugiram do local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e ambulâncias de suporte básico e avançado foram enviadas. No entanto, quando os paramédicos chegaram ao local, nada puderam fazer por Adriano, que já estava morto. Lenílson recebeu os primeiros socorros, foi estabilizado e levado ao pronto-socorro de Rio Branco, onde seu estado de saúde foi considerado estável.
Policiais militares do 2º Batalhão estiveram no local, isolaram a área para os trabalhos da perícia criminal e, em seguida, colheram informações e realizaram patrulhamento na região em busca dos autores dos crimes, mas eles não foram encontrados.
Após o término da perícia, o corpo de Adriano foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos.
Ainda segundo informações da polícia, a motivação do ataque pode estar relacionada à guerra entre organizações criminosas. Adriano e Lenílson não faziam parte de organizações criminosas, eram trabalhadores e não possuíam passagem pela polícia.
O caso segue inicialmente sob investigação dos agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, ficará sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).