Acreana Jerusa Geber vai em busca de ouro inédito nas Paralimpíadas de Paris

Com quatro paralimpíadas no currículo, que resultaram na conquista de duas medalhas de prata e duas de bronze, título mundial e recordista mundial nos 100 metros, a velocista acreana Jerusa Geber, que compete na Classe T11(deficiências visuais), passou por muitas dificuldades para chegar onde está atualmente, sendo considerada uma das principais paratletas do Brasil na modalidade.

Indo para a quinta participação em Jogos Paralimpícos, ela vai tentar alcançar em Paris o lugar que não conquistou nas quatro edições anteriores: o topo do pódio.

Jerusa começou a participar do esporte adaptado ao receber o convite de um amigo. O sedentarismo, a falta de contato com o esporte e a descrença de pessoas que estavam ao redor foram barreiras que deviam ser superadas se ela quisesse seguir.

Com força de vontade, buscou motivação e se esforçou para ficar apta a participar de competições. E logo na primeira competição ela conquistou a primeira medalha.

– Quando participei do meu primeiro parapan de cegos, que era representando o Brasil em 2005, eu pensei: ‘eu posso chegar mais longe’. Fui sem guia, cheguei em São Paulo sozinha, peguei um guia emprestado e foi assim que corri – recorda.

Em 2008, em Pequim, ela disputou a primeira paralimpíada e conquistou a medalha de bronze nos 200 metros. Quatro anos depois, em Londres 2012, teve o melhor desempenho na competição com a conquista duas pratas.

Em Tóquio, nas paraolimpíadas de 2020, disputadas em 2021 por conta da pandemia de Covid-19, Jerusa era favorita, mas acabou sendo desqualificada por causa da sua guia ter arrebentado durante a prova.

Com nova oportunidade em 2024, ela está disposta a dar a volta por cima e buscar a medalha de ouro.