
Uma grávida de 8 meses e 1 semana, Ana Carolina, perdeu seu bebê devido à falta de encaminhamento adequado para um hospital com recursos e equipamentos adequados. A família está exigindo justiça e responsabilização pelo ocorrido.
No dia 2 de setembro, Ana Carolina deu entrada no Hospital da Família, o único da cidade, com queixas de dores e evidências de perda de líquido. Embora a gravidez não fosse considerada de alto risco, a criança estava acima do peso, o que era motivo de alerta. A família imediatamente solicitou um encaminhamento para Cruzeiro do Sul, cidade vizinha com instalações médicas mais adequadas.
No entanto, o médico de plantão na ocasião não pareceu dar a devida atenção à situação crítica e apenas prometeu solicitar o encaminhamento através do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). A família aguardou, confiando que o transporte chegaria para levar Ana Carolina até Cruzeiro do Sul.
Dia 3 de setembro Ana Carolina apresentava 3 centímetros de dilatação. Mesmo assim, o pedido do TFD não foi providenciado, deixando a família ainda mais apreensiva. O dia seguinte, 4 de setembro, trouxe uma troca de plantão no hospital, mas ainda não havia notícia do pedido do TFD.
chamada Ana Luiza Silva Roque, não resistiu e veio a falecer.
A família agora exige justiça e prestação de contas pelo que consideram negligência médica. Eles atribuem a tragédia ao médico que não providenciou o pedido do TFD e ao sistema de saúde local que não forneceu os recursos necessários para o parto, que deveria ter sido realizado por cesariana. O médico envolvido no caso foi identificado como Dr. Leonardo.
Conforme o diretor do hospital, Erasmo Sales, quando a paciente deu entrada na unidade de saúde, estava tudo bem com ela. “Os sinais vitais dela e do bebê estavam normais, ela entrou em trabalho de parto e a dilatação estava acontecendo corretamente, porém quando chegou a hora do parto, devido o tamanho da criança, ela não passou, por isso, a complicação, na hora do parto. Quando ela conseguiu ter a bebê, ela nasceu e logo depois veio a óbito, o médico tentou reanimá-la, mas, não teve sucesso“, afirmou o diretor da unidade de saúde.
Ainda segundo Erasmo, o pedido do médico não geraria o TFD, pois, mãe e bebê, estavam bem, o fato aconteceu somente na hora do parto.
Nota de repúdio que a família divulgou:
Minha irmã, deu entrada no hospital da família no município de Porto Walter dia 02/09, ela estava grávida de 8 meses e 1 semana, relatou queixas de dores e mostrou um quadro de saúde onde estava perdendo líquido. A gravidez não era de alto risco, mas a criança estava acima do peso (uma alerta). A família exigiu um encaminhamento para Cruzeiro do sul, pois o hospital não tem recursos, muito menos equipamentos adequados. O médico não deu atenção a situação, apenas falou para aguardar que iria pedir o encaminhamento e ao TFD. A família toda ficou confiante de que o transporte viria para levar ela para Cruzeiro do sul, dia 03 ela apresentou 3cm e estava tudo bem, mas esperamos o dia todo e nada do pedido do TFd sair, dia 04 ela já apresentava 5cm e teve a troca de plantão as 19h da noite, esperou o dia todo e nada do tfd chegar, com a troca de plantão o novo médico avaliou e disse que ela não poderia ir mais para Cruzeiro do sul, pois já estava entrando ao trabalho de parto. Foi um parto muito difícil, teria que ser cesária e não foi, o hospital não teve recurso na reanimação da criança que acabou não resistindo e faleceu. Viemos aqui, mostrar toda nossa indignação a atitude do Médico Leonardo, que não fez o pedido ao TFD e mostrou imprudência ao seu serviço prestado, queremos tbm relatar que isso não vai ficar assim, em nome de toda família, queremos justiça!