Pela quinta vez somente neste ano, Mâncio Lima e demais cidades do Vale do Juruá ficaram cerca de 9 horas sem sinal de internet e celular. Nesse domingo, dia 15, os moradores ficaram das 11 horas da manhã até as 20 horas sem celular e comunicação por internet.
Durante essas 9 horas, só os telefones de emergência, como da Polícia, Samu e Bombeiros puderam ser acessados. Esta já é a quinta pane do ano e além de interromper a comunicação entre as pessoas, a situação causa prejuízo para o comércio e limitações para os clientes, já que as operações com cartão de crédito e débito ficam suspensas, bem como a possibilidade de saques de dinheiro nos caixas eletrônicos da rede bancária.
A situação representa o descumprimento de um decisão da justiça do Acre por meio da juíza da Comarca de Cruzeiro do Sul, Adamarcia Machado.
No dia 5 de janeiro deste ano a magistrada determinou melhorias na telefonia em Cruzeiro do Sul sob pena de multa diária de R$ 10 mil a empresa Oi que fornece sinal para as demais na região. Determinou que em caso de queda do sinal, o restabelecimento tem que ser feito em no máximo, uma hora.
Segundo a decisão, o prazo máximo era de três meses para que fossem demonstrado os reparos necessários, como: substituições e ampliações de equipamentos existentes, intensificação das manutenções preventivas da rede e disponibilização de mais portas de internet banda larga. O prazo venceu dia 5 de abril mas a pane de 9 horas deste domingo, deixou claro o descumprimento da determinação judicial de restabelecimento do sinal em no máximo uma hora depois da interrupção.
A determinação é que seja também ampliada a cobertura da telefonia móvel na cidade, atendendo 100% do perímetro urbano e contemplando ainda as Vila Santa Luzia e São Pedro.
Na Ação que culminou com a decisão da juíza Adamarcia Machado, o Ministério Público, por meio da promotoria de Cruzeiro do Sul, alega que em várias partes da cidade, inclusive na área onde está situada a maior e mais importante unidade de saúde, o Hospital Regional do Juruá, há vários ‘pontos cegos’ que impedem a comunicação entre seus consumidores, devido à falta de torres em número satisfatório.