Fotógrafo fica ‘lado a lado’ com sucuri digerindo animal em rio; veja fotos

O fotógrafo conheceu as águas cristalinas dos rios de Bonito no ano passado e se encantou com as belezas da fauna e flora de Mato Grosso do Sul. Devido a pandemia do coronavírus, a viagem precisou ser adiada quatro vezes.

“Desde criança eu sempre quis visitar o Pantanal e explorar de um modo não típico. Essa expedição foi reprogramada e cancelada algumas vezes pela pandemia. Na primeira vez consegui fotografar 4 sucuris”, esclareceu.

Processo de digestão

Serpente estava digerindo presa  — Foto: Julian Gunther/ Foto
Serpente estava digerindo presa — Foto: Julian Gunther/ Foto

Ao g1MS, o biólogo Pedro Guimarães esclareceu que para digerir as presas, as sucuris podem demorar semanas e precisam ficar em repouso, pois sua pele e órgãos, como o esôfago e o estômago, se dilatam até três vezes mais que o normal.

O especialista destacou ser comum encontrar répteis expostos ao sol, já que a luz promove a elevação da temperatura corporal e auxilia o animal na digestão.

“É natural vermos as sucuris fora da água, seja em cima de galhos ou se expondo ao sol, isso auxilia na regulação da sua temperatura e na digestão. Os turistas e pescadores que encontraram o animal não devem mexer com o réptil, porque se mexer, ela pode vomitar , o que pode provocar que ela engasgue e acabe morrendo”, disse.

Guimarães apontou que o período mais propício para a aparição das serpentes é o fim do outono e começo do inverno, quando as sucuris saem da água em busca de sol. Seja no Pantanal de Mato Grosso do Sul ou nas águas cristalinas de Bonito, as sucuris são vistas com frequência no rio dos estados