
O café moveu a economia e a política do Brasil durante décadas, principalmente, nos primeiros trinta anos após a proclamação da República. Posteriormente, foi substituído por novas culturas agrícolas. Contudo, no município de Mâncio Lima ( AC), no extremo oeste do país, a cafeicultura está mudando a realidade econômica de dezenas de famílias.
Na terra onde o Sol nasce por último e se põe último no Brasil, há três anos, setenta agricultores familiares apostaram na plantação de café. Cada família plantou uma quadra de café, um total de 3.333 mudas.
Romualdo Marques apostou no plantio de café junto com a família. Hoje tem uma mini indústria de café e um viveiro regional de mudas. O café produzido pelo agricultor é um sucesso. O filho de Romualdo [Bruno] é o responsável pelos cuidado da plantação. Em homenagem o avô, a empresa ganhou o nome de ” Café Vô Raimundo”. Atrás do moinho elétrico, onde é moído a semente, tem uma galeria com imagens de várias personalidades da política acreana que visitam o colono. ”Com uma hectare de terra plantada, garantimos uma renda anual de 50 mil do café”, comenta.

A ideia de plantar café em Mâncio Lima foi do deputado estadual Jonas Lima, o maior produtor de café do Vale do Juruá, e recebeu o apoio da administração municipal, que tem como chefe do poder executivo Isaac Lima, irmão de Jonas.
Se em Mato Grosso temos o rei da soja, o Acre já tem o rei do café. O deputado tem dez hectares plantadas, com 42 mil pés.
O crescimento do café na região também resultou no aumento de máquinas de torrefação. Já temos cinco no Vale do Juruá.
Em média, uma saca custa R$ 600.


Via – Portal Tarauacá