O nível do rio Juruá vem apresentando sinais de vazante desde o mês de abril, após um longo período de cheias, que para os navegantes é o melhor período para transportar mercadorias para os municípios mais distantes do Vale do Juruá.
Com o baixo nível do rio, os tocos de árvores passam a ser perigo, ameaçando as embarcações. “Nesse momento é critico porque aumenta o perigo de alagamento dos nossos barcos, porque o curso do rio muda muito de um ano pra outro”, afirmou o barqueiro Aldenizio.
Mas essa é uma problemática que acontece nos períodos de estiagem, porque a necessidade de quem trabalha levando mercadorias para abastecer os municípios mais isolados são constantes. “Na verdade o grande problema do porto aqui é a questão do espaço. É muito pequeno, limitado, há uma má distribuição da divisão de espaço, porque nós temos que dividir com catraieiros, pessoas das correntes e com os ribeirinhos que chegam e saem e os barcos de carga. Infelizmente ninguém tem olhado pra gente daqui do porto”.
Quando o rio começa a secar, a lama se torna um grande problema para o embarque e desembarque de mercadorias e pessoas. A dificuldade de ancorar próximo a beira do rio por falta de espaço, prejudica até mesmo pessoas doentes de que vem nas embarcações, como relata dona Farides que mora em Cruzeiro do Sul, mas semanalmente faz viagens para o município de Ipixuna,(AM) “Eu já cheguei a ficar três dias pra poder chegar na beira porque não tem espaço, a gente tem dificuldade pra sair”.
Via O Juruá online