A Polícia Civil concedeu uma coletiva à imprensa nesta terça-feira (18) para divulgar o resultado da 4° fase da operação Fake Bois, que investiga lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção, peculato e outros crimes envolvendo o ramo da pecuária no Acre.
Três funcionários públicos de um órgão ainda não revelado pela polícia foram presos por facilitar a saída de gados do Estado sem o pagamento de impostos, além quatro membros de uma mesma família (a saber pai, mãe, filho e irmão do pai), por atuarem na compra e venda dos bovinos sem o cumprimento da legislação. A fase operacional atinge o núcleo financeiro da quadrilha. Os citados foram presos em Goiás, Acre e Rondônia, pelas polícias civis.
Ao todo, 950 animais de propriedades de municípios do Acre foram apreendidos no esquema, que também resultou no bloqueio de mais de R$ 2 milhões das contas bancárias dos envolvidos, bem como a interdição de bens.
A operação se estendeu a Goiás, Amazonas e Goiânia, além do Acre.
O delegado Pedro Resende, um dos responsáveis pela operação, disse que o trabalho contou com a presença de dezenas de agentes e com o apoio de instituições governamentais do Estados envolvidos, como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
“Um organização criminosa que não responde pela pecuária, que tem uma importância significativa para o crescimento econômico do Estado. Se trata de criminosos e aproveitadores que arrendam pequenos pedaços de terra para transportar o gado sem o pagamento de impostos, tirando riqueza do nosso Acre”, explicou o delegado.
O valor arrecadado pela quadrilha, durante mais de 1 ano, no transporte de gados para outros Estados, chegou a quase R$ 24 milhões. “Eles só fizeram isso porque conseguiram arregimentar funcionários públicos”, finalizou.