O secretário de transportes, Grant Shapps, disse que a mudança entraria em vigor a partir das 4h desta sexta-feira no Reino Unido (1h no horário de Brasília).
Cidadãos britânicos e irlandeses e estrangeiros com direito de residência ainda poderão viajar, mas devem se isolar por 10 dias, disse ele.
A decisão foi anunciada após uma reunião de ministros nesta quinta-feira (14/01).
A proibição se aplica a chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Shapps disse que Portugal foi incluído “devido às suas fortes ligações com o Brasil” – mas haveria uma isenção para transportadores que viajam do país para permitir a circulação de bens essenciais.
Na quarta-feira (13/01), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que estava “tomando medidas” para proteger o país da variante do coronavírus encontrada no Brasil.
Uma nova variante do Sars-Cov-2, o vírus que causa a covid-19, foi detectada no Brasil e na África do Sul em janeiro e é diferente da nova variante encontrada no Reino Unido.
Na ocasião, Johnson afirmou estar “preocupado” com essa nova versão do vírus.
“Eu acho que é justo dizer que ainda temos muitas dúvidas sobre ela”, disse, em uma reunião com membros do Parlamento.
O Reino Unido já havia proibido voos diretos da África do Sul — onde essa variante foi encontrada primeiro — e impôs restrições a voos para o país.
O que é a nova variante?
Todos os vírus, incluindo o que causa a covid-19, sofrem mutação. Essas minúsculas mudanças genéticas acontecem à medida que o vírus faz novas cópias de si mesmo para se espalhar e prosperar.
A maioria é irrelevante e algumas podem até ser prejudiciais à sobrevivência do vírus, mas outras podem torná-lo mais infeccioso ou ameaçador para o hospedeiro — os seres humanos.
A nova variante, diferente da versão nova do vírus encontrada no Reino Unido, foi identificada primeiro na África do Sul e depois encontrada no Brasil. A descoberta foi feita por pesquisadores do Japão, que notificação o Brasil após descobrirem os vírus com as mesmas mutações encontradas na África do Sul em viajantes vindos do Brasil.
As novas variantes parecem ser mais contagiosas, o que é um problema porque medidas de restrições mais duras à sociedade podem ser necessárias para controlar a disseminação do vírus.
A nova variante, diferente da versão nova do vírus encontrada no Reino Unido, foi identificada primeiro na África do Sul e depois encontrada no Brasil. A descoberta foi feita por pesquisadores do Japão, que notificação o Brasil após descobrirem os vírus com as mesmas mutações encontradas na África do Sul em viajantes vindos do Brasil.
As novas variantes parecem ser mais contagiosas, o que é um problema porque medidas de restrições mais duras à sociedade podem ser necessárias para controlar a disseminação do vírus.
As mutações podem afetar a eficácia das vacinas?
Embora as mudanças da nova variante do Reino Unido não devam prejudicar a eficácia das vacinas atuais, há uma chance de que as da variante sul-africana/brasileira possam afetar em parte, dizem os cientistas.
É muito cedo para dizer com certeza, ou em que medida, até que mais testes sejam concluídos, embora seja extremamente improvável que as mutações tornem as vacinas totalmente inúteis.
Os cientistas testaram a vacina da Pfizer contra uma das mutações encontradas na variante detectada na África do Sul, usando amostras de sangue de 20 pessoas. Nesse estudo preliminar, a vacinação pareceu funcionar contra o vírus mutante.
Mais estudos são necessários, no entanto, porque essa variante passou por diversas mutações.
“A variante encontrada na África do Sul tem uma série de mutações adicionais, incluindo alterações em algumas das proteínas de espícula do vírus, que são preocupantes”, diz Simon Clarke, especialista em microbiologia celular na Universidade de Reading, no Reino Unido.
A proteína da espícula é o que o coronavírus usa para entrar nas células humanas. É também a parte em que se baseia o desenvolvimento das vacinas, razão pela qual os especialistas estão preocupados com essas mutações específicas.
(BBC)